Anorexia e Bulimia
A anorexia é um transtorno alimentar com redução ou perda do apetite, que resulta em uma extrema magreza do indivíduo. A anorexia é causada por distúrbios psicológicos em que a pessoa afetada, mesmo sendo magra, se vê gorda e, desejando emagrecer ainda mais, cria inapetência alimentar, resultando em redução do peso corpóreo.
A bulimia é caracterizada pelo comportamento compulsivo de livrar-se das calorias a mais ingeridas com objetivo de evitar ganho de peso ou para alcançar a perda pretendida.
A psicodinâmica de ambos transtornos (anorexia e bulimia) obedecem aos mesmos princípios quando de causa psicogênica, isto é, instalam-se com a finalidade de corresponder ao padrão estético-corporal de uma determinada cultura. Focadas nesse objetivo, as mulheres, suas maiores vítimas, acabarão por perder contato com sua original natureza feminina, subjugando-se à ditadura do princípio masculino.
Tratamento
Trabalhar com a conscientização dessa natureza feminina reprimida que pede acolhimento pelo consciente é a abordagem fundamental na correção desses transtornos alimentares femininos de causa psicogênica.
Sendo o cerne do instinto uma reação emocional, isto é, uma propensão natural, o mesmo fará oposição ao determinismo cultural conduzindo ao equilíbrio entre os valores conscientes (mundo exterior) e inconscientes (mundo interior) do indivíduo afetado. Quando reconectadas aos instintos são conduzidas por eles a busca do essencial, passando o transitório para um segundo plano.
O tratamento neuro-farmacológico visa reequilibrar o metabolismo cerebral, atuando nos centros da regulação neurofisiológica que influi no tono mental. Esse decorre da soma do nível de vigilidade ao estado do humor. Assim, o tratamento é capaz de estimular o tono mental através da atuação sobre o metabolismo das aminas cerebrais.
Denominamos tratamento dual quando lançamos mão simultaneamente de ambos os recursos (biológico e psicológico). Para a maioria dos pacientes, um tratamento não-farmacológico é considerado o primeiro passo. Se o tratamento com abordagem psicoterápica não estiver evoluindo como o esperado, medicamentos da classe dos antidepressivos devem ser utilizados.
Quando utilizamos ambos os recursos, os mesmos, preferencialmente, devem ser ministrados pelo mesmo profissional, facilitando o acompanhamento integrado e a retirada gradativa da medicação.