A depressão e os transtornos fóbicos-ansiosos estão diretamente ligados ao uso de um sistema de crenças inapropriado diante dos naturais e inevitáveis entraves-estímulos ao longo da curva existencial, causadores dos sintomas acima descritos.
No sentido oposto, tais sintomas uma vez instalados deformam as nossas percepções de vida e a forma como nos relacionamos com os outros, estabelecendo-se um círculo vicioso. Atuam sobre a nossa autoconfiança, o entusiasmo e as expectativas que criamos com relação às nossas atividades de rotina.
Transtornos Fóbico-Ansiosos
A Classificação Internacional de Doenças (CID 10) define como um grupo de transtornos fóbicos-ansiosos os transtornos nos quais uma ansiedade é desencadeada exclusiva ou essencialmente por situações nitidamente determinadas que não apresentam atualmente nenhum perigo real. Essas situações são, por esse motivo, evitadas ou suportadas com temor. As preocupações do sujeito podem estar centradas sobre sintomas individuais tais como palpitações ou uma impressão de desmaio e frequentemente se associam com medo de morrer, perda do autocontrole ou de ficar louco. A simples evocação de uma situação fóbica desencadeia em geral ansiedade antecipatória. A ansiedade fóbica frequentemente se associa a uma depressão.
Depressão
Transtornos nos quais a perturbação fundamental é uma alteração do humor ou do afeto, com ou sem ansiedade associada. A alteração do humor é normalmente acompanhada de uma modificação do nível global de atividade. A maioria desses transtornos tendem a ser recorrentes e as ocorrências dos episódios individuais pode, frequentemente, estar relacionada com situações ou fatos estressantes. A depressão é um transtorno que pode ser definido como o sentimento de tristeza, infelicidade, melancolia ou descontentamento.
Tratamento
O tratamento resolutivo (psicoterapias) visa identificar as atitudes legítimas que devem ser mantidas, bem como as ilegítimas que necessitam de retificação, fundamental para a conversão do círculo vicioso em virtuoso.
O tratamento neuro-farmacológico visa reequilibrar o metabolismo cerebral, atuando nos centros da regulação neurofisiológica que influem no tono mental. Este decorre da soma do nível de vigilidade ao estado do humor. Assim, o tratamento é capaz de estimular o tono mental através da atuação sobre o metabolismo das aminas cerebrais.
Denominamos tratamento dual quando lançamos mão simultaneamente de ambos os recursos (biológico e psicológico). A tendência atual, mesmo para os casos intensos, é o de utilizarmos ambos os recursos, preferencialmente ministrados pelo mesmo profissional.
Nos distúrbios de forte influência psicogênica são suficientes os primeiros, exclusivamente.
O método biológico é indispensável quando acompanhado de sintomas psicóticos e quando o emprego exclusivo do método psicológico ainda não obteve o resultado desejado.